sexta-feira, 8 de abril de 2011

o que eu posso,

eu não posso como quero! eu posso com menos possibilidades. se eu não posso modificar a vida, quero deixar que a vida me modifique. se eu não posso mudar o acontecimento, então eu quero que o acontecimento me modifique. isso é reconciliar os contrários. isso é descobrir a sabedoria da possibilidade. não é do jeito que eu quero, mas vai ser o jeito que pode! e aí o meu coração se meche assim como o organismo busca forças para reconciliar a carne e cicatrizar aquele lugar que está ferido. 
todo o meu organismo se meche, se volta para aquela urgência. todo o meu coração se move na tentativa de descobrir o significado para a vida naquele instante. e se a gente obedece a essa regra da cicatrização do momento, a gente acorda melhor no outro dia. sabe porque? porque a ferida parou de sangrar um pouco. não significa que a dor deixou de existir dentro de nós, não significa que o problema deixou de existir, não! só que há um jeito diferente de lidar com ele agora, e eu preciso descobrir que em cada momento da minha vida há uma ferida a ser cicatrizada, há uma reconciliação a ser realizada. 
e essa é a sabedoria do Evangelho. abrir os nossos olhos para que, nós possamos descobrir qual é a necessidade de cicatrizar hoje. o que dentro de mim, hoje, eu não tenho direito que amanheça amanhã sangrando. porque eu preciso cuidar! hoje você não tem o direito de ir dormir sem pensar naquilo que você precisa cicatrizar dentro de você. mova seu coração, mova os seus sentimentos, mova sua inteligência na direção daquilo que em você precisa ser cicatrizado. não amanheça amanhã do mesmo jeito que você amanheceu hoje. não permita que a vida aconteça amanhã para você e que ela lhe encontre do mesmo jeito que você estava hoje. 

permita o movimento da cicatrização!
permita o movimento da reconciliação!

Padre Fábio de Melo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

o tempo nem sempre

cura tudo. tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. e o choro dói, dói, dói como se fosse ontem. tenho vontades que nunca passam. tenho uma tara por chocolate e queijo que nunca saiu de viagem. tenho mania de escrever em blocos e ter pelo menos dois deles sempre dentro da bolsa. tenho sentimento de posse, tenho ciúme, tenho medo de perder quem é essencial na minha vida. tenho medo de me perder, por isso acendo todas as luzes.


(Clarissa Corrêa) 

terça-feira, 5 de abril de 2011

e absolutamente

NADA, é comparável ao que eu sinto por você, meu amor.


é, eu te amo muito, namorado s2

eu sou completamente

o oposto de uma menina que todo garoto sonha em ter ao lado. sou cheia de palhaçadas, sorrisos, barulho, sou desastrada, melancólica e carente. sou o inverso das meninas de exemplo que vejo pelo mundo a fora, acho que ninguém nunca vai me olhar com admiração, ninguém nunca vai querer ter a minha personalidade. sou estressada, e tenho uma maneira não muito dócil de tratar as pessoas, por mais que eu seja muito carinhosa as vezes eu sou extremamente ao contrário. sou uma contradição, dentro de um círculo imperfeito, sou aquilo que não desejo que ninguém seja, mas eu também sou aquilo que eu sempre quis ser, ou quase.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

gosto de pensar assim:

se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. por isso, faço a minha sorte. sou fiel ao que sinto. aceito feliz quem eu sou. não acho graça em quem não acha graça. acho chato quem não se contradiz. às vezes desejo mal. sou humana. sou quase normal. não ligo se gostarem de mim em partes. mas desejo que eu me aceite por inteiro. não sou perfeita, não sou previsível. sou uma louca. admiro grandes qualidades. mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. são eles que nos fazem grande. que nos fazem fortes. que nos fazem acordar. acho bonito quem tem orgulho de ser gente. porque não é nada fácil, eu sei. por isso continuo princesa. continuo guerreira. continuo na lua. continuo na luta. no meio do caos que anda o mundo, aceitar é ser feliz.


(Fernanda Mello)

domingo, 3 de abril de 2011

nem toda palavra

é aquilo que o dicionário diz, nem todo pedaço de pedra se parece com tijolo ou com pedra de giz, avião parece passarinho que não sabe bater asa, passarinho voando longe parece borboleta que fugiu de casa, borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar, flor parece a gente, pois somos semente do que ainda virá, a gente parece formiga lá de cima do avião, o céu parece um chão de areia, parece descanso pra minha oração, a nuvem parece fumaça, tem gente que acha que ela é algodão, algodão as vezes é doce, mas as vezes é doce não, sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar e o dia parece metade quando a gente acorda e esquece de levantar.

sábado, 2 de abril de 2011

um garoto de verdade não vai

se importar com o tamanho do seu sutiã, com a grossura das tuas coxas, se você tem bunda grande, e nenhum sinal de barriga. Um garoto de verdade vai reparar no teu sorriso, no modo como você coloca o cabelo para trás da orelha quando está nervosa, na tua risada, no modo em que seus lábios se movem enquanto você fala, no teu jeito histérico ao ver um filme de terror, no teu jeito estranho de correr, nas tuas manias, nos teus gestos exagerados e na forma como você pronuncia o nome dele. Um garoto de verdade vai te amar pelo teu conteúdo, e não pela embalagem.