quarta-feira, 30 de novembro de 2011

eu não sou legal, não mesmo.


acho que sempre tenho razão e quando minhas previsões dão certo olho com a cara mais abominável do mundo, dou um sorriso irônico e falo o clássico eu-te-avisei. é que, em geral, eu tenho razão. essa é a primeira –e mais importante – coisa que você precisa aprender a meu respeito. (…) não sei receber elogios, fico sem saber o que fazer, me atrapalho e acabo trocando de assunto – quando não troco as pernas e tropeço em algum canto de mim. sorrio para disfarçar desconfortos. se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. e eu posso simplesmente não gostar de você de graça. se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. eu me entrego. quem vive comigo sabe. quem convive comigo sente. eu amo poucos. mas esses poucos, pode apostar, amo muito.

(clarissa corrêa)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

o que prevalece agora

é essa maneira nova de sentir a vida. essa vontade de bendizer tantas maravilhas. esse sentimento de gratidão pelas coisas mais simples que existem. esse jeito mais amigo de ouvir meu coração. o que prevalece agora é essa apreciação mais desperta, que me permite reinaugurar flores e céus e pessoas no meu olhar. essa graça que encontro, de graça, nos detalhes mais singelos.



(ana jácomo)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

pessoas se vão, se movem, se partem.


constroem sua história em cada pedacinho desse mundo, deixam sua marca a cada estrada da vida, seguem o embalo do trem. na linha de partida choram, na de chegada sorriem. algumas prometem voltar e voltam, outras ficam. não há uma estrada certa, um caminho exato, uma distância que não seja complexa, apenas pessoas que se vão e outras que ficam para sempre, na memória.


(efêmero pretérito)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

mas de alguma forma, quando eu te conheci,


eu sabia que seria você. talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. eu temia que fosse amor. mas, de repente me senti tomada por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser meu.

(tati b)

domingo, 20 de novembro de 2011

livrar-se de uma lembrança é um processo lento,


impossível de programar. ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. permitir-se recordar, chorar, ter saudade. um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la.

(martha medeiros)

sábado, 12 de novembro de 2011

sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis,


inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis. mas nunca consegui. quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. e o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele. e se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele. e se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém. 

(tati bernardi)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

talvez seja isso que eu precise há tanto tempo.



essa paz inquietante, essa loucura saudável que me faz nascer diferente todos os dias. não faz sentido algum, eu sei. mas a gente aprende que não precisa fazer. os efeitos colaterais de viver são tão bons, que dispensam quaisquer entendimento.


(ana clara almeida)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência.


só não pode ser uma escolha, nunca. escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. não adianta querer compensar com amor pelos amigos, filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.

(martha medeiros)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

daqui a pouco o ano termina.


com a ida dele, chega a expectativa. o desejo de fazer diferente, a vontade de modificar o que não está legal, a ânsia de crescer e abraçar todos os planos do mundo. finais de ano servem de balanço, de balança. a gente vai e vem, o pensamento viaja, o coração faz retrospectiva, a memória guarda o que foi bom e tenta passar a perna na parte amarga.

 (clarissa corrêa)

sábado, 5 de novembro de 2011

sou uma serva


que ainda não aprendeu a servir, mas que caminha para um horizonte de renuncia. sou uma adoradora que não sabe adorar, mas que procura na essência da adoração o significado correto de ser em espírito e em verdade. sou uma filha que sempre se rebela contra o Pai, mas que reconhece todo o amor e zelo que Ele tem por mim. não há quem eu ame mais do que a Ti, meu Jesus!