(Clarissa Corrêa)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
o tempo nem sempre
cura tudo. tenho feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. tenho mágoas que já foram superadas, mas se lembro bem, se lembro forte, se penso nelas eu choro. e o choro dói, dói, dói como se fosse ontem. tenho vontades que nunca passam. tenho uma tara por chocolate e queijo que nunca saiu de viagem. tenho mania de escrever em blocos e ter pelo menos dois deles sempre dentro da bolsa. tenho sentimento de posse, tenho ciúme, tenho medo de perder quem é essencial na minha vida. tenho medo de me perder, por isso acendo todas as luzes.
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