sábado, 12 de novembro de 2011

sempre quis ser dessas mulheres imperfuráveis,


inatingíveis, inaudíveis e incompreensíveis. mas nunca consegui. quando vou ver, já contei minha vida pra primeira pessoa que me deu um pouco de atenção. já to rindo alto no restaurante porque não me controlei e fiquei feliz demais. já escrevi um texto sobre o fulaninho da terça passada e publiquei numa revista. e o fulaninho ta morrendo de medo porque escrevi que gosto dele. e se alguém perguntar, vou dizer mesmo que goste dele. e se ele não gostar de mim, minha tristeza não será segredo para ninguém. 

(tati bernardi)

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